domingo, 15 de junho de 2008

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O amor é uma doença, mas não pode ser comparado ao câncer. Não na minha opinião. Agora, já à pneumonia, talvez.

No câncer, após a metástase a pessoa quase sempre morre, não tem escolhas nem esperanças.

Já na pneumonia existe uma cura, que geralmente vem acompanhada de um repouso muito bem-vindo. Contudo, recuperar-se não deixa de ser um processo doloroso, mas passa e ao final, é possível continuar a vida e perceber tudo o que fora enfrentado e sobrevivido, tentando-se evitar o mesmo sofrimento novamente.

É impossível impedir que a doença volte a atacar mesmo depois de muito tempo e, se todos as atenções forem voltadas à frustrada idéia de que se pode controlar o "ataque" de qualquer doença, o processo de viver vai se tornar angustiante e falho.

Se acontecer de novo, só resta aproveitar o repouso e buscar novas maneiras de cura, para que, agregadas aos antigos métodos, tornem a recuperação mais rápida e menos dolorosa.

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Quando o amor passa, se é que ele passa, sempre existe uma forma de seguir em frente e buscar rotas alternativas para continuar adiante, de volta à velha forma de ser ou acostumando-se com a nova personalidade que passou a existir.


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